Não há fôlego que nos salve
Hoje escrevo para ti,
como não fazia há
tanto
tempo
na impossibilidade de afogar em nova esperança
o que podia ser feito de nós
Digo-te que senti
Que sinto
Sinto tanto a tua falta,
Fundem-se as tuas lágrimas nas minhas e
não há fô-
lego
que nos salve
do que de ti me ficou impresso no corpo
Não há pontos
finais
as palavras não fazem
sentido algum
ou talvez sim
talvez o sentido seja
o sonho
que é como dizer, talvez o sentido sejas
tu
ou o que de ti eu resto
Alquimia de tinta
reencontro
nesses laivos de poema
onde te abraço
sem tempo
Vem, fica, hoje não quero acordar…