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INÊS MARTO

INÊS MARTO

Fénix

Urge a ânsia de queimar o passado numa fogueira sem fim... e renascer como fénix entre cinzas e fumo negro de memórias dissipadas... desprender as amarras, deixar para trás a pele, o corpo, as lágrimas... Esquecer e começar de novo... vazio, transparente, virgem... e nunca antes tocado por beijos ou por presas aguçadas.

Ver a vida com o encanto de novidade... deixar cair o peso de ser eu durante anos a fio... esfumar-me em recordações difusas... e não ser mais que a ínfima substância que me habita... em vida nova, irrepetível.