Fadista...
Ao ombro traz o xaile
Negro, traçado a preceito,
Dá corpo e asas, cantando
A essência que traz no peito.
À média-luz e guitarra,
Com gesto forte e marcado:
Silêncio, que com alma e garra
Se vai cantar a nação, num fado.
Saudade tão nossa e bela,
Em poema musicado,
Nessa voz que é caravela,
Pelas ondas do trinado.
E em timbre feito emoção,
No eco das cordas,, chorado,
Está raíz, núcleo, coração
Forma de vida, país cantado.