Caleidoscópio (Carlos Vieira)
Lábios que,como faíscas enchem de fogosas labaredas o meu âmago... doce pele com pele, beijo com beijo...
Leve dança de amantes como balões de ar quente, entrelaçados...
Alma com alma... pulsação desenfreada e inspiração certeira...
Bebo-te... inalo-te o cheiro e o sonho, o embargo da voz e a magia do olhar...
Sinto-te, analiso-te com precisão de ponteiro... e o tempo passa num voo.
Quero-te aqui, agora... envolve-se nas roupas aroma teu, noite fora.
E é magia sem fim, de cada vez especial.
É dança a dois, jogo de cintura, navio de espelhos, obra de arte...
É fogueira de índio nativo e vento agreste, improvisado ritual...
É sede, caleidoscópio... desejo... amor, afinal.